Se o assunto é legislar em causa própria, os senadores se lembraram até do dinheiro repassado a eles na hora de fazer as malas e embarcar rumo a missões no exterior. Uma mudança nas normas da Casa alterou a forma de calcular a ajuda de custo, elevando a quantidade de diárias distribuídas. A decisão beneficiou, principalmente, aqueles senadores que viajam aos países sul-americanos para participar das reuniões do Mb(!) , instituição que somente neste ano já promoveu quatro encontros.
O Correio teve acesso a um balanço de ordens bancárias relativas ao depósito do auxílio na conta dos parlamentares para custear as viagens internacionais. Entre 2007 e 2008, as despesas aumentaram 27,4% — de R$ 275,6 mil para R$ 351,2 mil. O acumulado desde 2007 somou até agora cerca de R$ 775 mil, tendo como destinatários 44 senadores, com destaque para os representantes do Brasil no Mercosul. O valor não incluiu as passagens, pagas diretamente pelo Senado à agência de turismo que atende a instituição.
Segundo a tabela do auxílio hoje em vigor, o senador tem direito a diária de US$ 353 (R$ 688, na cotação do dólar comercial da última sexta-feira) quando o itinerário se restringe à América do Sul e US$ 416 (R$ 811), nas demais regiões do planeta. Até junho de 2008, nas missões estrangeiras, os senadores recebiam metade das diárias referentes aos dias de deslocamento, tanto na ida como no retorno ao Brasil. Na prática, ganhavam dinheiro simplesmente para embarcar, acomodar-se num dos assentos do avião e desembarcar no destino previsto — mesmo que o voo estivesse marcado para às 23h59 minutos. Nos demais dias da missão oficial, o senadores embolsavam a tarifa cheia. Reunida em 16 de julho daquele ano, uma quarta-feira, véspera das férias do Congresso, a Mesa Diretora modificou o sistema de pagamento. Estabeleceu o auxílio integral para todo o período da missão. Houve, portanto, acréscimo de uma diária por viagem.
Além de Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), que presidia a Mesa Diretora no ano passado, assinaram o ato nº 14 Efraim Morais (DEM-PB), César Borges (PR-BA), Magno Malta (PR-ES), Papaléo Paes (PSDB-AP) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). A decisão não figurou entre as normas publicadas no boletim administrativo oficial daquele dia, mas numa tiragem suplementar de mesma data. E trouxe como anexo outra medida definida pela cúpula do Senado. Na verdade, um desdobramento da primeira: “Aplicar a norma do ato nº 14, de 2008, às prestações de contas ora em curso, referentes aos grupos brasileiros da União Interparlamentar e do Parlamento Latino-Americano”. Ou seja, mudou parâmetros para prestações de contas ainda em análise.
Matéria completa para assinantes do Correio Braziliense
O Correio teve acesso a um balanço de ordens bancárias relativas ao depósito do auxílio na conta dos parlamentares para custear as viagens internacionais. Entre 2007 e 2008, as despesas aumentaram 27,4% — de R$ 275,6 mil para R$ 351,2 mil. O acumulado desde 2007 somou até agora cerca de R$ 775 mil, tendo como destinatários 44 senadores, com destaque para os representantes do Brasil no Mercosul. O valor não incluiu as passagens, pagas diretamente pelo Senado à agência de turismo que atende a instituição.
Segundo a tabela do auxílio hoje em vigor, o senador tem direito a diária de US$ 353 (R$ 688, na cotação do dólar comercial da última sexta-feira) quando o itinerário se restringe à América do Sul e US$ 416 (R$ 811), nas demais regiões do planeta. Até junho de 2008, nas missões estrangeiras, os senadores recebiam metade das diárias referentes aos dias de deslocamento, tanto na ida como no retorno ao Brasil. Na prática, ganhavam dinheiro simplesmente para embarcar, acomodar-se num dos assentos do avião e desembarcar no destino previsto — mesmo que o voo estivesse marcado para às 23h59 minutos. Nos demais dias da missão oficial, o senadores embolsavam a tarifa cheia. Reunida em 16 de julho daquele ano, uma quarta-feira, véspera das férias do Congresso, a Mesa Diretora modificou o sistema de pagamento. Estabeleceu o auxílio integral para todo o período da missão. Houve, portanto, acréscimo de uma diária por viagem.
Além de Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), que presidia a Mesa Diretora no ano passado, assinaram o ato nº 14 Efraim Morais (DEM-PB), César Borges (PR-BA), Magno Malta (PR-ES), Papaléo Paes (PSDB-AP) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). A decisão não figurou entre as normas publicadas no boletim administrativo oficial daquele dia, mas numa tiragem suplementar de mesma data. E trouxe como anexo outra medida definida pela cúpula do Senado. Na verdade, um desdobramento da primeira: “Aplicar a norma do ato nº 14, de 2008, às prestações de contas ora em curso, referentes aos grupos brasileiros da União Interparlamentar e do Parlamento Latino-Americano”. Ou seja, mudou parâmetros para prestações de contas ainda em análise.
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